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Foto do escritorDeborah Fraga

É preciso sofrer para se transformar ou realizar uma mudança de hábito?

Atualizado: 13 de jan. de 2023

O que a atual Pandemia nos ensina em meio às turbulências ocasionadas pela ação do homem.



Um tema bem universal vem alimentando nossos dias desde março de 2020 e ele não se chama COVID-19. O vírus invisível e rapidamente letal vem transformando nossos hábitos e comportamentos, como uma forma de nos alertar que não estamos sozinhos (humanos) neste planeta.

A “Terra” possui em sua vasta dimensão uma série de organismos vivos incluindo os seres vivos, a fauna a flora, bactérias, proteínas... Entre os vários na sua cadeia de sobrevivência que diariamente lutam para se manter e se desenvolver dentro do seu ecossistema. Os “homens” durante muitos milhares de anos se sobre puseram neste sistema, dominando as várias formas de direção sobre as inúmeras descobertas que lhe eram realizadas.


Historicamente somos comprovadamente a consequência das grandes explorações e expansões territoriais bem como marítimas a qual nosso mundo geo-politicamente se enquadrou aos dias de hoje.


Em contrapartida notamos que muitas dessas ações milenares, nos custaram as extinções de espécies da nossa fauna; comprometeram a nossa flora com os avanços tecnológicos e super populacionais e ferimos nossa própria espécie por ganâncias pessoais ou em ideologias fundamentadas.


O nosso mundo HUMANO, cresceu e ganhou tal potência que fez-nos crer que às vezes nem tudo que julgamos necessário as nossas vidas está diante dos “olhos”. A criação psicológica da necessidade versus sobrevivência ficou completamente deturpada diante das circunstâncias que nos foram apresentadas. E no ritmo louco a qual nos propusemos por uma organização social e com melhores condições de vida eleita por uma maioria: infringimos, ferimos, machucamos e brigamos pela nossa participação neste ciclo capitalista determinado por nós mesmos.


Bem longe de acreditar que todos “nós” iremos transcender a importância natural de mudança de estilo de vida que essa pandemia atual irá nos proporcionar, todavia, a percepção que cada qual dentro de sua experiência, perceberá que esta parada não será em vão e não tem pequena escala. Seremos obrigados “sim” pela dor, a saber, respeitar nossas fronteiras pessoais, redescobrir valores pouco argumentados ou esquecidos no ambiente familiar, nos reprogramaremos a viver mais comunitariamente.



Enxergar nossa espécie como um “todo” e não isoladamente será um fator transformador para que possamos permanecer neste planeta. Entender que todas as decisões possuem consequências e quando realizadas de forma unilateral estamos fadados à ineficiência de resultados.


Cada cultura (região) possui sua forma organizacional e política para sua vida em equilíbrio de convívio, porém quando este sistema é agredido por uma força maior e UNIVERSAL, ela precisa se adaptar para continuação de sua SOBREVIVÊNCIA. Não estamos falando somente de encontrar uma CURA para sanar um vírus, que assim como nós se espalhou para conviver conosco. Trata-se de organizacionalmente entendermos que precisamos nos re-estruturar para criar um modo de vida sustentável com menos agressões ao nosso meio ambiente, as pessoas com a qual convivemos e forma como nos tratamos.


Os “valores” humanos nunca tiveram tão em alta, de forma mais evidente e necessária como agora. E não para que possamos evidenciar nosso EGO em relação a tal percepção, mas para que possamos de verdade compreender que sem a atitude de sermos mais coletivos e de fato “humano” não deixaremos grandes legados ao nosso futuro ou aos nossos primogênitos.



Conseguimos em meio a uma grande turbulência mundial, focar na degradação de políticas locais e esquecemos que a decisão para nosso futuro nunca esteve baseado nesse desconforto social, mas na pouca educação histórica que negligenciamos enquanto cidadãos e pessoas individuais.


Fomos levados a acreditar que TER vem antes de SER. Uma população embasada em ritmo capitalista desenfreado não oferecerá mais que produção financeira a intelectual ao seu povo e infelizmente dessa maneira será formada a sua expectativa de vida.

Assim como no empreendimento de muitos novos negócios, é preciso oferecer passos retroativos na direção que julgamos ser a mais promissora, algo precisará ser alterado ou aperfeiçoado em prol de melhores condições a existência do seu projeto. E isso pode está relacionado com a economia, vida afetiva, emocional e até psicológica dos fatos.


Muitos empresários em todo o mundo estão forçadamente tendo que aceitar novas transformações em seus negócios. Produtividade completamente reduzida ou zerada, grandes chefes de nações em mãos atadas e comprometidas pois o grande protagonista invisível, chegou para nos ensinar que nem sempre nosso desejo é soberano sobre todas as espécies e aos que não souberem conviver com mais inteligência emocional poderão ter um preço bem alto a negociar.


Não serão necessários; armas, foguetes, ou palavras... Tão somente as nossas ações.


DS Fraga

@deborah.fraga.14

@fragaviagens

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1 Comment


Fernando Leite
Fernando Leite
Feb 02, 2021

Deborah, muito bom o conteúdo do texto: “É preciso sofrer para se transformar ou realizar uma mudança de hábito?” É uma mensagem que induz a reflexão e isento de qualquer viés político, religioso ou cultural. Parabéns!

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